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Emprego: falta de mão de obra qualificada dificulta contratação

Com quase 10 milhões de desempregados no país, há empresários aflitos com a falta de mão de obra qualificada para atender a clientela em momento de retomada da economia.

O setor de bares e restaurantes, por exemplo, criou mais de 1 milhão de vagas nos últimos 12 meses, mas é comum encontrar anúncios fixados na porta dos estabelecimentos em busca de empregados, especialmente para funções mais sofisticadas.

Uma pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) mostra que 45% dos empresários pretendem contratar daqui até o fim do ano, impulsionados pelo otimismo com a Copa do Mundo e os eventos de fim de ano. Mas 99% afirmaram que têm algum grau de dificuldade na seleção.

Quanto mais especializada a função, mais difícil de encontrar o profissional. Dentre os mais requisitados na pesquisa da Abrasel, o padeiro lidera o ranking, com 72% de respostas. Em seguida, vem o sommelier, com 71%, e o chef de cozinha, 62%.

E o fenômeno da falta de mão de obra adequada se repete com frequência em outros segmentos do setor de serviços, o maior e mais importante da economia brasileira. Em cada caso, há um tipo de profissional em falta. Nas empresas de hotelaria há procura por recepcionistas bilíngues e guias com experiência. No setor de eventos, por técnicos de som e luz.

Essa é mais uma desorganização econômica que vem desde a pandemia. Também segundo a Abrasel, oito em cada 10 garçons, copeiras, recepcionistas, ajudantes e bartenders tiveram seus contratos cancelados no início da pandemia. Boa parte migrou para outras áreas ou regiões do país, levando sua expertise no trabalho.

A situação atinge tanto trabalhadores quanto fornecedores. No caso dos eventos, o preço das flores, por exemplo, chegou a saltar 400% durante os meses mais duros da retomada, porque floristas tradicionais fecharam as portas ou deixaram de trabalhar para a produção de eventos.

Seja para segurar trabalhadores mais qualificados seja para garantir o abastecimento, é preciso subir o preço do evento. A Associação Brasileira de Eventos (Abrafesta) e a Casar.com estimam que o gasto médio de um casamento subiu cerca de 30% em 2022.

Ainda que a inflação do país tenha recuado, com três meses seguidos de deflação, os serviços são a exceção. Em setembro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — que é a cesta média de produtos — registrou queda de 0,29%, mas o núcleo de serviços subiu 0,40%.

Além disso, o volume de serviços prestados no Brasil continua em expansão, com crescimento de 0,7% em agosto na comparação com julho. Na comparação interanual, o setor registrou a 18ª taxa positiva consecutiva, com alta de 8% em relação a agosto de 2021.

Vagas abertas

O Brasil não tem dados oficiais de quantas vagas de emprego estão abertas país afora. O g1 pediu ao Infojobs que levantasse em sua base de dados a evolução da procura de empregadores de serviços

Houve aumento de 90% das vagas em aberto, comparando janeiro de 2021 com outubro de 2022, apenas para posições do setor.

“Foram dois anos de pandemia em que se formaram poucos profissionais. Ainda há dúvida de como isso vai se reorganizar. É por treinamentos? Aumento de salários? Novos benefícios? Ou por meio de um novo regime de contratação mais atraente?”, diz a CEO do Infojobs, Ana Paula Prado.

Pelo lado do empregado, a reabertura aqueceu o mercado de trabalho para além dos setores badalados da economia, como o de tecnologia.

Esse aumento repentino de demanda fez com que os profissionais se realocassem com mais “conforto” — em trabalhos melhores, com salários maiores ou mais perto de casa.

“Os desligamentos a pedido estão em patamar recorde, o que mostra que os profissionais podem escolher onde querem trabalhar no momento. Outro momento histórico de alta foi entre 2010 e 2013, quando houve um crescimento alto da economia”, diz o economista da LCA Consultores, Cosmo Donato Jr.

Donato diz que o efeito do retorno à normalidade foi subestimado pelos economistas e, para o nosso passado recente, os números da atividade mostram uma aceleração “grande e rápida”.

“A taxa de desemprego caiu bastante, abaixo até do ‘desemprego de equilíbrio’, que é aquele compatível com potencial de crescimento da economia”, diz ele.

Por outro lado, a euforia do setor pode não perdurar por muito tempo. O resultado do índice de atividade de serviços em tempo real do Itaú Unibanco (Idat) mostra que há desaceleração dos gastos e uma reversão das altas entre agosto e setembro.

“O ‘efeito reabertura’ foi muito forte no primeiro semestre e carregou o PIB no começo do ano. Agora, estamos entrando em tendência de normalidade, de fim de consumo represado e em linha com o pré-pandemia”, afirma a economista do Itaú Unibanco, Natália Cotarelli.

Ambos os economistas explicam que o efeito de uma atividade mais lenta demora algum tempo a ser sentido no mercado de trabalho, mas, por não se tratar de uma perspectiva de recessão, o que se reduz é o ritmo de criação de novas vagas. O estoque de empregos, portanto, ainda pode se manter em bom patamar.

“A política monetária demora para impactar a atividade, e a atividade demora para atingir o mercado de trabalho. Nossa expectativa é que o desemprego termine o ano em 9,1%”, diz Cotarelli.

“Agora, o problema de ter o trabalhador certo na vaga certa ainda pode demorar um pouco mais. É uma mudança de médio prazo, que envolve um rearranjo entre os profissionais.”

Com informações do g1 Economia

LGPD: norma dá diretrizes para a proteção de dados nos cartórios

Os cartórios de todo o país têm 180 dias para se adequar à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) .

O prazo está previsto no Provimento 134/2022, recurso da Corregedoria Nacional de Justiça, que define procedimentos técnicos e estabelece quais medidas devem ser adotadas. A expectativa é que a norma imprima mais transparência às atividades de tratamento.

Com 16 capítulos, o Provimento estabelece regras desde a governança de dados pessoais, passando por temas como revisão de contratos, transparência das atividades de tratamento, elaboração de relatório de impacto, e proteção tanto para os próprios cartórios quanto para os usuários.

Nos dois primeiros capítulos, a norma especifica uma série de ações imediatas que os cartórios precisam adotar, como mapear as atividades de tratamento, adoção de medidas de transparência aos usuários sobre o tratamento de dados pessoais, definição de Políticas de Segurança da Informação e Interna de Privacidade e Proteção de Dados, além da criação de procedimentos eficazes para atendimento aos direitos dos titulares.

As medidas buscam consolidar a cultura de proteção de dados pessoais nos cartórios. O Provimento 134/2022 traz também o mapeamento das atividades de tratamento e atualização anual do inventário de informações.

O mapeamento identifica o banco de dados da serventia, os dados pessoais objeto de tratamento e o seu ciclo de vida, incluindo todas as operações de tratamento a que estão sujeitos, como a coleta, armazenamento, compartilhamento, descarte, e quaisquer outras operações às quais os dados pessoais estejam sujeitos.

Há previsão de que o inventário de dados seja arquivado nos cartórios e disponibilizado em caso de solicitação da Corregedoria Geral da Justiça, da Autoridade Nacional de Proteção de Dados Pessoais (ANP) ou outro órgão de controle.

O texto incluiu ainda o chamado gap assessment, uma avaliação das vulnerabilidades que surgiu a partir do mapeamento. A análise de lacunas está diretamente relacionada à proteção de dados.

A comunicação dos incidentes de segurança é outro ponto importante previsto no Provimento 134/2022. O plano de resposta a incidentes de segurança envolvendo dados pessoais deverá ocorrer, por partes dos responsáveis pelas serventias extrajudiciais, à ANPD, ao juiz corregedor permanente e à Corregedoria Geral da Justiça, no prazo máximo de 48 horas úteis, contados a partir do seu conhecimento.

Por fim, a norma também considera a quantidade e a qualidade dos dados pessoais guardados por cada um dos notários e registradores brasileiros, que vão do nascimento à morte das pessoas, questões de Estado, filiação, parentalidade, assim como as mais variadas e complexas questões patrimoniais, ou relacionadas com pessoas jurídicas de várias naturezas.

LGPD para cartórios

O Provimento 134 é o resultado de quase um ano e meio de debates. A proposta do texto do normativo foi construída com a preocupação de ouvir vários segmentos da atividade notarial, de registro e do Poder Judiciário, que constitucionalmente tem a responsabilidade da fiscalização e regulação dos serviços extrajudiciais.

Com informações da assessoria de imprensa do CNJ.

4 dicas para aumentar o seu score de crédito

O score de crédito é uma pontuação que mede o grau de risco que uma pessoa tem de entrar em situação de inadimplência. Ele é atribuído tomando como base as operações de pagamentos ocorridas dentro de um período de 12 meses.

O sistema utiliza as informações públicas que são divulgadas por bancos, instituições financeiras e demais empresas que trabalham com crédito. A pontuação pode variar entre 0 a 1.000, atribuída da seguinte forma:

  • De 0 a 300 pontos: alto risco de inadimplência
  • 301 a 700 pontos: risco moderado
  • Acima de 701 até 1.000: baixo risco de inadimplência

A menor pontuação significa um score baixo e mostra que o consumidor tem um histórico negativo.

Contudo, segundo a fintech de recuperação de crédito Acordo Certo, 88% dos consumidores brasileiros começaram o ano de 2022 com dívidas.

A educadora financeira da instituição, Bruna Allemann, explica que o score é um critério que as empresas usam para aceitar clientes.

“Se algum dia você precisar de um empréstimo de forma rápida e estiver com um score baixo, seu pedido não será aceito pelo banco. Então pense, se o score significa contas em dia é melhor mantê-lo no verde.”, diz Bruna.

Pensando nisso, a especialista listou as principais dicas para aumentar o score de crédito. Confira.

Positive o seu nome

Ter um CPF livre de restrições é o primeiro passo para aumentar o seu score de crédito – afinal, esse é o principal elemento para que você tenha acesso às linhas disponíveis e serviços que podem ser contratados. Alguns órgãos de proteção ao crédito oferecem o score turbo, uma função para ajudar a quitar as dívidas e aumentar o score de forma mais rápida.

Mas é preciso ficar atento ao utilizar a internet e desconfiar de pessoas que prometem resultados rápidos. Em alguns casos, golpistas se apresentam nas redes sociais como funcionários de empresas credenciadas por bancos e começam a cobrar valores para o aumento da pontuação.

“O pagamento e a regularização das dívidas aumentam a sua pontuação, mas leva um tempo para que o score suba. Se alguém diz que tem uma forma de mudar a pontuação instantaneamente, cuidado. Isso é um golpe.”

Atualize os seus dados

Mantenha informações como idade, endereço, telefone e local de trabalho sempre atualizados nos órgãos de proteção ao crédito. Dessa forma, o sistema entenderá que seus dados são confiáveis e atribuirá uma pontuação melhor ao seu CPF.

Pague as contas em dia

Como o sistema faz um comparativo de todos os pagamentos que você efetuou ao longo de 12 meses, se você pagar todas as suas contas em dia, ele atribuirá um score maior ao seu perfil. Portanto, faça o possível para sempre honrar com os compromissos financeiros assumidos.

Pague dívidas antigas

O fato de ter decorrido o prazo de 5 anos e o seu débito ter saído dos serviços de proteção ao crédito não significa que ele deixou de existir.

Portanto, ao deixar uma dívida como essa caducar, você pode prejudicar o seu score de crédito, uma vez que o sistema entenderá que ela ainda está em aberto. Além disso, uma dívida que fica por muito tempo em aberto pode ficar mais cara. Nesses casos, a conciliação é o melhor caminho.

A educadora financeira ressalta a importância do planejamento financeiro na hora de manter as finanças em dia.

“O ideal é anotar todas as despesas e os ganhos, a fim de identificar para onde o dinheiro está sendo direcionado. O objetivo é que, com esse controle, a pessoa consiga identificar a aplicação precisa do orçamento e, até mesmo, realizar cortes sempre que necessário”, afirma.

Endividamento das famílias brasileiras chega a 79% e bate recorde

Uma nova pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostrou que o número de brasileiros endividados atingiu novo recorde em agosto, subindo para 79% do total de famílias

Na retomada da crise econômica causada pela Covid-19, o aumento do endividamento ajudou a impulsionar o consumo das famílias. Mas, em meio à inflação elevada, as finanças saíram do controle. As taxas de juros aumentaram e, em agosto, 29,6% das famílias brasileiras tinham contas com pagamento em atraso, também recorde na pesquisa, iniciada em 2010.

“Principalmente depois dos dados do último PIB (Produto Interno Bruto), sabemos que o crédito tem sido uma via relevante pra dar suporte ao consumo, tanto que o endividamento vem crescendo desde o ano passado”, disse a economista da CNC, Ízis Janote Ferreira.

Mas ela lembra que, como as famílias já estão com nível de endividamento alto, isso pode comprometer a capacidade de consumo, principalmente, no ano que vem. “Chega uma hora que esgota.”

Isso porque o aumento do endividamento, em si, não é um problema. Num ciclo virtuoso de emprego e renda, o crescimento poderia significar mais consumo, especialmente dos bens duráveis, como carros e eletrodomésticos, cujas vendas são, tradicionalmente, parceladas pelos consumidores.

O preocupante, no cenário atual, é que o mercado de trabalho tem até gerado empregos, mas com salários menores, especialmente quando descontada a inflação elevada, e as vendas de bens duráveis não têm crescido.

Segundo Ferreira, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) tem dado sinais, nos últimos meses, de que o aumento do endividamento tem sido utilizado para despesas correntes do dia a dia. Um desses sinais é a redução dos prazos.

Em agosto de 2021, os consumidores entrevistados na Peic apontaram um prazo médio do comprometimento com endividamento de 7,3 meses. No mês passado, essa média ficou em 6,8 meses.

Segundo Ferreira, a comparação dos dados do Banco Central (BC) sobre concessões de crédito no sistema bancário mostram crescimento maior nas modalidades de curto prazo do que nas de longo.

“Não é crédito pessoal ou para comprar bem. É crédito de prazo curto, no cartão e no carnê de loja, para suportar o consumo de itens mais básicos, não duráveis, do orçamento do dia a dia. Não é para trocar de carro nem para comprar eletrodoméstico”, afirmou Ferreira.

Consumo de serviços

Além disso, parte do aumento do endividamento, segundo a economista da CNC, tem a ver com a normalização do consumo dos serviços após o pior da pandemia ter ficado, de vez, para trás. Isso ocorreu apenas nos orçamentos das famílias mais ricas, que, geralmente, gastam mais com serviços, como bares, restaurantes e turismo.

Depois de dois anos sem poder consumir normalmente esses serviços, as famílias mais ricas retomaram com força esses gastos no segundo trimestre – e ao pagar as contas no cartão de crédito, aumentaram o endividamento, pela ótica da pesquisa da CNC.

Daqui para a frente, o impulso ao consumo de curto prazo dado pelo crédito tenderá a perder força. Até agora, “os juros mais altos não parecem estar limitando esse endividamento”, disse Ferreira, mas as próximas dívidas ficarão mais caras.

Por outro lado, o nível recorde de 29,6% das famílias brasileiras com dívidas ou contas em atraso sinalizam para uma estratégia de “rotação” no pagamento das despesas familiares – num mês se atrasa o pagamento de uma conta de consumo, como eletricidade ou água, no próximo, se atrasa uma parcela de um crediário. Ou seja, mesmo que não seja uma situação explosiva de inadimplência, a dinâmica de aumento do endividamento e crescimento do consumo chegará a um limite.

Para o professor de finanças do Ibmec,  Gilberto Braga, a elevação do pagamento do Auxílio Brasil, programa que sucedeu o Bolsa Família, de R$ 400 por mês para R$ 600 por mês, deverá aliviar as finanças domésticas das famílias mais pobres até o fim deste ano. O movimento de esgotamento tenderá a ficar mais para 2023.

“Vamos ter de esperar para ver como ficará o Auxílio Brasil no ano que vem. O mercado de trabalho tem tendência de melhora”, afirmou Braga.

Carnês e cartões próprios

O uso de carnês e cartões próprios de varejistas tem crescido como modalidade de crédito nos últimos meses, em detrimento de instrumentos puramente financeiros, mostra a Peic, da CNC. É mais uma opção para os consumidores fecharem as contas com o orçamento apertado, mas também requer atenção das famílias para evitar a desorganização das contas.

Em agosto, 19,4% das famílias endividadas recorreram a carnês e cartões de lojas do varejo, aumento de 0,5 ponto porcentual ante julho. O cartão de crédito segue como principal modalidade de endividamento, com 85,3% em agosto, mesma proporção de julho, mas 3,5 p.p. abaixo do registrado em abril, desde quando vem caindo.

Segundo Braga, do Ibmec, parte desse movimento é estrutural, e tem mais a ver com a estratégia dos varejistas do que com a demanda por parte das famílias. Diante dos juros altos, as empresas do varejo estão fugindo dos serviços de financeiras e têm aproveitado a diversificação dos serviços financeiros por parte de “fintechs” e bancos digitais para oferecer crédito e parcelamentos diretamente aos consumidores.

Para o consumidor, a retomada do crediário diretamente com os lojistas se tornou “mais uma alternativa de pedalar o orçamento”, disse Braga.

“Virou mais uma fonte para ele tentar sobreviver no curto prazo”, completou o professor, ressaltando que essa fonte de crédito também tem limites, embora creia que um esgotamento deverá ficar para 2023.

No caso de Ana Félix, de 54 anos, o crédito foi a saída para lidar com as complicações da pandemia sobre sua vida financeira. Depois de ficar desempregada por conta da crise sanitária, hoje ela trabalha de domingo a domingo para pagar as contas de casa. De segunda a quinta-feira, dá expediente como vendedora no Centro do Rio, de sexta a domingo, trabalha como cuidadora de idosos.

“A pandemia atrapalhou muita coisa. Fiquei parada, ficamos em casa sem trabalhar, aí as contas vão se transformando em uma bola de neve”, relatou Félix. “Estou inadimplente. Minha prioridade é pagar conta de luz, água, telefone e cartão de crédito”, reconheceu.

Os pagamentos em atraso são crediários em lojas, feitos quando adquiriu roupas, sapatos e móveis. Depois de renegociação de dívidas, ela já conseguiu quitar as compras parceladas em atraso em duas lojas, mas ainda faltam três crediários pendentes em outras três redes varejistas.

“A gente vai tentando renegociar a dívida, vai pagando devagarzinho. Estou pagando por etapas”, contou. “Não tenho vida, é só trabalho. Mas não vou dizer que não compro mais, porque eu gosto de comprar”.

Na visão de Braga, do Ibmec, o aumento do endividamento não muda os cuidados que os consumidores devem ter na administração das finanças domésticas. É preciso controlar o orçamento e cortar gastos supérfluos.

Para Braga, do Ibmec, a atenção para a organização financeira é importante, mas o aumento do endividamento não chega a ser uma “bomba-relógio” para o futuro. A tendência é que um esgotamento no crescimento do crédito reduza o impulso ao consumo, mas há incerteza sobre como isso se dará em 2023.

Fonte: com informações do Estadão

Carreira: fique por dentro dos cargos com maior destaque no 1º semestre de 2022

O mercado de trabalho brasileiro começou 2022 em um processo de reaquecimento e, ao término do primeiro semestre deste ano, foi possível notar sinais de melhora e algumas áreas mais aquecidas que outras.

A empresa de consultoria estratégica, Fox Human Capital, realizou um levantamento sobre as carreiras mais procuradas nesses seis primeiros meses do ano e detectou as posições com maior destaque, separadas pelas áreas que a empresa tem como foco: Tecnologia, Infraestrutura & Energia, Indústria & Serviços, Private Equity & Venture Capital e Agronegócios.

Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a taxa nacional de desemprego caiu para 9,3% no 2º trimestre deste ano, atingindo a menor marca desde 2015, com 10,1 milhões de pessoas desocupadas.

Ainda segundo o  instituto, a economia do país teve uma melhora de 1% no primeiro trimestre de 2022 em comparação ao trimestre anterior.

No mesmo período, o Produto Interno Bruto (PIB) do país também teve um desempenho melhor e apresentou alta de 1,7% em relação ao mesmo trimestre de 2021.

Com a melhora na economia, a consultoria também percebeu o aumento nas contratações no período e o investimento em novas vagas, com destaque para alguns segmentos e vagas específicas.

De acordo com o Guia Salarial de Private Equity & Venture Capital 2022, da Fox Human Capital, os profissionais de private equity e venture capital, áreas em destaque segundo a consultoria, que atuam como diretores, podem chegar a receber R$3,7 milhões por ano no Brasil.

O documento foi realizado com base em entrevistas com 60 gestoras, sendo 35 de private equity (PE) e 25 de venture capital (VC), além de 400 executivos de diversas senioridades, ouvidos entre janeiro de 2021 e abril de 2022.

De acordo com o levantamento, que lista oito diferentes cargos, o salário anual mínimo para analista 1, posição mais inicial analisada na indústria de PE, começa em R$150 mil em grupos nacionais e parte de R$320 mil em fundos globais, uma diferença de 113%.

Já na cadeira de diretor, considerada acima da posição de vice-presidente, os ganhos anuais de entrada são de R$1,5 milhão e R$ 2 milhões, respectivamente, uma diferença de 33% entre firmas locais e multinacionais, podendo atingir o máximo de R$ 2,3 milhões e R$ 3,7 milhões, na mesma comparação de origem das empresas.

Posições intermediárias, com como associate, recebem de R$300 mil a R$600 mil em empregadores nacionais e de R$800 mil a R$1,3 milhão em multinacionais do segmento no Brasil.

Confira abaixo a lista de cargos em maior evidência segundo a Fox Human Capital.

Área de Tecnologia:

  • Gerente de Engenharia de Software;
  • Líder de Designer de Produto;
  • Gerente de Grupo de Produtos;
  • Diretor de Dados;
  • DevOps/SER;
  • Engenheiro de Dados;
  • Cientista de Dados;
  • Analista de Dados;
  • Analista de Inteligência de Mercado.

Infraestrutura & Energia e Indústria & Serviços:

  • Diversidade e Inclusão, ESG – Governança Ambiental, Social e Corporativa, e Sustentabilidade;
  • Transição Elétrica: Gerente de Projetos; Desenvolvedor de Projetos; Engenheiro;
  • HSE – Saúde, Segurança e Meio Ambiente.

Private Equity & Venture Capital:

  • Especialista de Investimentos;
  • Especialista de M&A;
  • Analista.

Agronegócios:

  • Controlador;
  • Diretor e Gerente Financeiro;
  • Diretor e Gerente de Gente & Gestão;
  • Diretor e Gerente de Logística.

Com informações Valor Econômico