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Levantamento mostra que moeda brasileira teve 13º melhor desempenho dentre 120 países em julho

Em julho, o real teve o 13º melhor desempenho dentre 120 moedas em relação ao dólar. O dado é  de um levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating.

Já o Ibovespa teve a 20ª melhor performance dentre os 79 principais índices das bolsas de 78 países.

De acordo com o levantamento, feito a pedido do CNN Brasil Business, o real valorizou 0,96% no mês. No mesmo período, o principal índice da bolsa de valores brasileira subiu 6,37%, considerando a variação em dólar.

O desempenho do Ibovespa é classificado pelo economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, como positivo, em especial considerando um cenário adverso nos âmbitos doméstico e internacional.

“O Brasil teve uma boa performance diante do cenário que viveu em julho, bastante turbulento no ambiente político, o que gera preocupação grande nos investidores”, afirma.

Segundo ele, o começo do mês foi marcado por uma piora na aversão a riscos após a divulgação de dados de inflação nos Estados Unidos que reforçaram apostas em um ciclo de alta de juros mais agressivos pelo Federal Reserve, com uma consequente recessão. Nesse cenário, mercados considerados arriscados, como o brasileiro, perdem investimentos.

“Poderia ter sido ainda pior, considerando o contexto, e superou as expectativas. Poderíamos ter terminado o mês abaixo de 100 mil pontos”, pontua.

Perto do fim do mês, dados sobre a economia dos Estados Unidos indicaram uma desaceleração mais cedo que o esperado, com as apostas migrando para um ciclo mais brando, reforçado por uma abertura do Fed à possibilidade. A mudança de humor deu espaço para um ganho tanto na bolsa quanto do real ante o dólar, mesmo que pequeno.

“Em relação ao dólar, o Brasil resistiu bem. Tivemos uma valorização em julho, ajudada pela base maior após a forte desvalorização em junho”, avalia Agostini.

Segundo ele, a moeda brasileira ainda deve ter um período de ajuste, mas é difícil cravar uma tendência. “Iniciando o processo de campanha eleitoral, podemos ver esse câmbio se mexer mais em relação ao que está agora, e pelo lado da desvalorização. Há uma herança fiscal muito grande para 2023, e a maioria das propostas dos candidatos vão na direção de manter o fiscal bastante fragilizado”, alerta.

Ao longo do mês de julho, os cinco melhores desempenhos foram das moedas de Belarus (35,40%), Geórgia (6,28%), Papua Nova Guiné (2,99%), Israel (2,66%) e Costa Rica (2,6%).

Já os piores desempenhos foram registrados em países com crises políticas, caso do Sudão do Sul (queda de 20,08%) e Paquistão (-14,86%), e na Rússia (-12,38%) e Ucrânia (-19,98%), envolvidos em uma guerra.

Com uma piora da crise econômica e política, o peso argentino acumulou desvalorização de 4,58%, ficando na 113ª posição. Já o euro ficou na 98ª, com queda de 2,55%, no mesmo mês em que atingiu a paridade com o dólar pela primeira vez em 20 anos.

Dentre os índices das bolsas de valores, os melhores desempenhos foram registrados na Argentina (32,14%), Quênia (12,37%), Uganda (10,26%) e Omã (10,22%).

O índice Nasdaq, da bolsa de valores dos Estados Unidos voltada à tecnologia, ficou na terceira posição, subindo 12,35% graças às apostas em um Fed menos agressivo.

Os piores desempenhos foram das bolsas da Ucrânia (-20,06%), Paquistão (17,15%), Rússia (-16,17%) e nas bolsas da China (-7,64%) e Hong Kong (-7,38%), afetadas por temores quanto à saúde da economia do país.

Ainda segundo o levantamento da Austin Rating, o real acumula uma alta de 7,56% em 2022, a oitava maior. O Ibovespa tem uma valorização medida em dólar acumulada de 5,99%, ocupando a 12ª colocação.

Fonte: com informações da CNN

Entre 2018 e 2021, contratação de estagiários negros cresceu 235%

Segundo levantamento da Companhia de Estágios, houve um aumento de 235% nas contratações de estagiários negros no país entre os anos de 2018 e 2021.

A pesquisa teve como base 5.402 universitários negros contratados entre esses anos por intermédio da empresa.

No ano de 2018, foram 614. Em 2019, o número subiu para 1205, e em 2020, para 1528. Já no ano passado, atingiu 2055.

Motivo do crescimento

Contribuem para esse aumento nas contratações os seguintes fatores, como explica a Companhia de Estágios:

  • Flexibilização de pré-requisitos como Inglês e Excel;
  • Criação de programas de capacitação;
  • Realização de censos para mapear a diversidade entre o público interno;
  • Criação de metas de diversidade;
  • Sensibilização de lideranças;
  • Criação de comitês de diversidade;
  • Realização de fóruns para debater a desigualdade no mundo corporativo.

“Esse crescimento ano a ano mostra que as iniciativas das corporações têm ido além da contratação. É muito mais que trazer mais pretos e pardos para dentro da organização. Agora, o olhar é mais inclusivo: garantir a exposição e o desenvolvimento dos profissionais negros, trabalhando para que eles sejam mapeados, sendo efetivados e promovidos”, avalia o CEO e fundador da companhia Tiago Mavichian.

Áreas que mais contratam

As áreas que mais contratam estudantes negros no período analisado na pesquisa foram:

  • Finanças;
  • Engenharia de processos;
  • Atendimento ao cliente;
  • Marketing e vendas;
  • Manutenção
  • Jurídico;
  • Facilities;
  • Engenharia/obras;
  • Engenharia;
  • Comunicação

Já os cursos com mais representatividade entre os jovens negros são:

  • Administração;
  • Engenharia de produção;
  • Engenharia civil;
  • Engenharia mecânica;
  • Engenharia química;
  • Ciências contábeis;
  • Direito.

Perfil dos contratados

Região Percentual
Sudeste 85%
Nordeste 5%
Sul 5%
Centro-Oeste 3%
Norte 2%

A idade média desses estudantes é de 25 anos. No mapeamento anterior, do ano de 2020, a idade média era menor, 23 anos.

Já a proporção de mulheres entre os estagiários negros é maior que a dos homens: 55% delas, contra 45% deles.

Idioma ainda é questão de desigualdade

O número de estagiários negros aprovados com inglês avançado ainda é inferior: 26% contra 4% dos brancos. Mas, no nível intermediários do idioma, o cenário é o oposto: 34% dos negros atingem esse patamar, enquantro 30% dos brancos têm o idioma.

Aqueles que possuem o nível básico do idioma predomina entre os negros (25%) e é menor entre os brancos (12%).

Em relação ao Excel, o nível de conhecimento se equipara. A maioria dos candidatos, brancos (51%) e negros (52%), têm conhecimento intermediário da ferramenta.

Proporção de estagiários negros é maior em universidades particulares

Outros dados do estudo mostram que a proporção dos estagiários negros que estudam em universidades privadas é maior que entre os estagiários brancos.

Experiência como requisito

Outra questão no mapeamento diz respeito às contratações de jovens sem experiência prévia.

Em 2018, apenas 6% dos negros começavam a estagiar sem ter experiência no currículo. Já em 2021, as contratações de estagiários sem experiência alcançaram 22%, crescimento de 266% no período, segundo o estudo.

“A experiência não deveria ser requisito para uma vaga de estágio. Felizmente, as empresas estão se conscientizando sobre essa questão e olhando cada vez mais para o potencial das pessoas”, comenta Mavichian.

O CEO completa dizendo que o fato de as empresas olharem cada vez mais para o potencial das pessoas, ou seja, para os aspectos comportamentais, elimina barreiras em processos de seleção.

Com informações do g1 Trabalho e Carreir22

Brasil tem primeira deflação em dois anos, mas alimentos ficam mais caros

A primeira deflação do país aconteceu em julho deste ano, após mais de dois anos de inflação em alta, segundo os resultados apresentados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados nesta terça-feira (9).

A deflação apresentada veio a reboque de preços administrados, como combustíveis e energia – mas registrou mais uma aceleração dos preços de alimentos.

Dentre os 13 itens da cesta básica, 12 tiveram alta na janela de 12 meses do indicador de preços medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A situação é preocupante pois são produtos essenciais e que impactam de forma relevante as camadas mais pobres da população.

Segundo a última Pesquisa de Orçamento Familiar, divulgada pelo IBGE em 2019, as famílias que ganhavam até R$1,9 mil gastavam mais de um quinto (22%) de sua renda com alimentação. Já entre as pessoas com a renda mais alta, os gastos com comida representavam 7,6% do orçamento.

Deflação concentrada

O grupo de alimentação e bebidas teve o maior impacto de alta nos preços: 1,30% de alta em julho, que representou 0,28 ponto percentual do IPCA final.

O economista da LCA Consultores,  Fábio Romão, projeta uma alta dos alimentos para 2022 de 14,2%, repetindo o arranque de 2020, quando a pandemia do coronavírus desestabilizou o mercado e trouxe pressão para o setor.

“A guerra da Ucrânia trouxe um novo desarranjo para as cadeias logísticas, o dólar continua muito alto e favorecendo exportações, e mais uma vez houve questões climáticas que prejudicaram as safras”, diz Romão.

“Esse alívio da gasolina beneficiou mais a classe média. Mesmo o diesel ainda não recuou e não barateou os fretes. As famílias para as quais a alimentação pesa muito continuam penalizadas”, avalia.

Por ora, a deflação ficou concentrada em reduções no grupo de Transportes (-4,51%) e de Habitação (-1,05%). Só o primeiro grupo foi responsável por derrubar o IPCA em 1 ponto percentual.

A gasolina, sozinha, teve impacto negativo de 1,04 ponto percentual no IPCA, resultado da instauração de um teto para as alíquotas de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) e de reduções de preços nas refinarias definidos pela Petrobras.

A energia elétrica residencial (-0,24 ponto percentual no IPCA) também se beneficia do recuo das tarifas para a bandeira verde e pela aprovação, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), das Revisões Tarifárias Extraordinárias de dez distribuidoras espalhadas pelo país.

São os primeiros efeitos da diminuição dos impostos em ano eleitoral, estratégia adotada pelo governo e pelo Congresso para reduzir parte dos preços.

Mas, como mostrou reportagem recente do g1, as medidas para limitar os tributos sobre combustíveis, por exemplo, podem até conter a inflação em 2022, mas devem pressionar os preços em 2023.

“No médio prazo, essa medida tem impactos diretos sobre a inflação. Como o projeto se encerra em dezembro de 2022, em janeiro de 2023, os preços dos combustíveis voltarão a subir. Com a perda de arrecadação e compensação aos estados, o cenário fiscal tende a se deteriorar”, disse o economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung.

Para os analistas, as medidas de contenção de preços comprometem as contas públicas e despertam novos receios do mercado financeiro de que o país pode perder controle do seu endividamento, o que afugenta investimentos, desvaloriza o real e desacelera o crescimento.

Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, as ações do governo serão financiadas pelo aumento da arrecadação, que tem sido beneficiada pela reabertura da economia e uma conjuntura internacional que elevou os preços das commodities.

Com informações g1

Caixa pra Elas: novo programa foca no atendimento às mulheres, incentiva empreendedorismo e oferece vantagens

A Caixa Econômica Federal anunciou nesta terça-feira (9) o espaço Caixa pra Elas, um programa segmentado para atender mulheres e atrair ainda mais clientes para o banco, com diferenciais e vantagens.

Em entrevista a Voz do Brasil, a presidente do banco público, Daniella Marques, detalhou o funcionamento dos espaços: foram treinadas 8 mil “embaixadoras” que serão voltadas para o atendimento das mulheres em 250 agências.

Até o fim do mês serão mil espaços e, até o fim do ano, 4 mil agências contarão com a ação. A lista dos locais está disponível no site da Caixa e no programa Caixa Tem.

Segundo Daniella, a iniciativa está firmada em três pilares: o primeiro é a prevenção à violência contra a mulher. “A gente vai usar toda a nossa força de rede para difundir e conscientizar mulheres, apoiando e orientando no combate à violência doméstica”, disse a presidente da Caixa.

O segundo pilar, de acordo com a presidente, é a promoção do empreendedorismo feminino, com oferta de crédito e orientação. O terceiro pilar são os produtos exclusivos para mulheres como seguro, previdência.

Na ocasião, Marques ainda comentou que quer incentivar as mulheres que recebem o Auxílio Brasil e trabalham informalmente a montarem seus próprios negócios. Atualmente, das 20 milhões de famílias beneficiárias, dois terços são chefiadas por mulheres, então  são 15 milhões e meio de mulheres que recebem o auxílio.

Para isso, a Caixa atuará por meio de financiamento e capacitação oferecida em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Um outro diferencial está nos produtos ofertados no Caixa para Elas. Por exemplo, nos cartões de crédito, haverá benefícios específicos, com pontuação diferencial e benefícios que as bandeiras e a Caixa estudam em conjunto.

Com informações Agência Brasil

Cerca de 52% das companhias sentiram o faturamento cair pela metade na pandemia

Uma pesquisa mostra que 52% das companhias sentiram o faturamento cair pela metade em relação a 2019. Além disso, para 37% das organizações o endividamento aumentou e para 84%, é preciso emprestar dinheiro para reforçar o caixa.

Os dados são de um levantamento realizado pela Corporate Consulting com 230 empresas dos setores da indústria, do comércio, dos serviços e dos transportes no país com faturamento anual entre R$ 60 milhões e R$ 400 milhões, que, juntas, empregam cerca de 100 mil pessoas.

“Com a pandemia, a situação mudou muito em razão da alta de custos, da falta de insumos e da previsibilidade do negócio”, diz o CEO da Corporate Consulting, Luís Alberto de Paiva.

Margens insuficientes para manter a atividade, passivos que comprometem o capital de giro, estoques reduzidos e dificuldade para renegociar prazos de pagamento são alguns dos principais problemas enfrentados hoje pelos empresários, de acordo com a pesquisa.

A Corporate Consulting trabalha diretamente na reestruturação de 28 companhias de vários setores. Todas elas, estão com as finanças mais frágeis do que antes da pandemia, de acordo com o CEO.

“A oferta de crédito está bem mais restrita e o custo do dinheiro, três vezes maior do que há um ano”, afirma. Cenário nada favorável para quem quer manter ou expandir um negócio.

Uma empresa que oferece garantias para uma instituição financeira, de acordo com ele, paga juros de 1,8% a 2% ao mês. Aquela que não tem o que oferecer, paga 14% ao mês.

“A discrepância nas taxas hoje é muito grande. Aí a empresa descapitalizada começa a operar com prejuízo, fica sem dinheiro para pagar funcionários e os tributos”, explica.

De acordo com o especialista, diante deste cenário, as empresas tendem a suspender o pagamento de impostos, reduzir o quadro de funcionários, cortar salários e deixar de pagar bancos e credores.

Prazo para reestruturação

A fragilidade das empresas chegou a tal ponto, que, com a pandemia, a recuperação de uma companhia endividada, que levava oito meses, em média, passou para dois anos, de acordo com Luís Alberto de Paiva.

“Antes, havia um prazo para injetar recursos nas empresas, acertar custos, precificar e dava para planejar quando o produto voltaria a ser rentável.”

Todo este processo agora está comprometido, de acordo com ele, em razão da disparada da inflação, da falta de matérias-primas, do alto preço dos combustíveis e do crédito mais caro.

Segundo ele, representantes de instituições financeiras não escondem mais a preocupação com a inadimplência generalizada de pessoas jurídicas.

“As empresas estão com dificuldade até mesmo para pagar empréstimos realizados com juros de 1% ao mês, como do Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), do BNDES”, conta.

Em abril, 6,11 milhões de empresas estavam inadimplentes no país, quase 200 mil a mais do que no mesmo período do ano passado, de acordo com a Serasa Experian. O número é o mais alto desde abril de 2020 (6,14 milhões).

Para o CEO, “há um sucateamento da indústria nacional. As margens de lucro que, no passado, eram de 15% a 20% em alguns setores, hoje são pífias, de 2% a 3%.”

Os prazos para alongamento de dívida, com carência de um ano, para empresas que não utilizam o recurso da recuperação judicial, são de cinco a seis anos, em média.

Para as empresas que estão em recuperação judicial, os prazos para pagamento de dívidas, com até dois anos de carência, são de até 20 anos, com deságio entre 50% e 70%.

Com informações do Diário do Comércio